O evento, uma parceria do governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Instituto Farroupilha, Unicruz, CCGL Tec, Embrapa, Emater/RS-Ascar e da Cotrijal, debateu a gestão e o manejo conservacionista de recursos hídricos em propriedades rurais.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, acredita que o aumento da produtividade está atrelado pela qualidade do solo e da água. “A qualidade, o manejo, são de extrema importância para um bom resultado. E isso é exatamente o objetivo e o conceito deste programa: conservar para produzir melhor. Eu não tenho dúvida de que nós, da forma que estamos trabalhando, deixaremos um grande legado para o futuro da agricultura e da pecuária gaucha”, pontuou o secretário. 

A primeira palestra trouxe o tema “Como implementar programas de gestão dos recursos hídricos”, e o palestrante foi o especialista de recursos hídricos da Agência Nacional das Águas, Rossini Sena. Sena pontuou os conteúdos básicos do Programa Produtor de Água, que tem como foco o estímulo à proteção hídrica do Brasil, apoiando projetos que visam a redução da erosão e do assoreamento de mananciais no meio rural. Ele explicou os objetivos, metas, as formas de manejo do solo e da água, além da política que se pretende com o programa. “A gente não pode dissociar a água do solo e um evento como o esse é de fundamental importância, já que essa é uma oportunidade de mostrar a interação das duas matrizes que constituem a base da agricultura”, disse.

A segunda atividade do Fórum teve como assunto “Sistemas de manejo conservacionistas de solo e água em estabelecimentos rurais” e contou com a presença dos produtores Humberto Falcão, da Sementes Falcão e Daniel Strobel, da Irmãos Strobel, que deram seus depoimentos pessoais sobre a recuperação de áreas através do plantio direto. Conservação de solo, semeadura, vantagens do terraceamento, sustentabilidade, rotação de culturas e sobressemeadura foram alguns dos pontos tratados. 

 Para conduzir o debate e responder os questionamentos dos presentes, o convidado foi o engenheiro agrônomo, José Ruedell, da CCGL-Tec. Ele reforçou que a concentração de solos é um assunto complexo e é necessário ficar atento às singularidades de cada região e cada produtor. “Cada propriedade deve buscar as suas soluções. Pode-se ter variações de sistemas, mas existem alguns princípios a serem seguidos para um bom resultado, aspectos fundamentais para que o sistema de plantio direto dê resultado”, explanou o engenheiro. 

Também participaram da mesa o presidente da Expodireto, Nei César Mânica; o vice, Enio Schroeder; o presidente da Emater/RS, Clair Tome Kuhn, e o secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio José Minetto.