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Manejo e Conservação do solo para produção mais sustentável é tema de encontro com agricultores de Santa Rosa

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Discussão sobre solos compactados - Foto: Deise A. Froelich
Por Jornalista Deise Froelich Assessoria de Imprensa - Emater/RS-Ascar - Regional Santa Rosa

O interesse por uma produção mais sustentável esteve entre os motivos que levou agricultores de Santa Rosa a mais uma das atividades do Programa Estadual de Conservação do Solo e da Água.  No encontro promovido na Linha Sete Norte – onde é possível observar diversas lavouras com plantas de cobertura como o nabo forrageiro e aveia - nesta quarta-feira (13/07), extensionistas da Emater/RS-Ascar compartilharam orientações sobre o uso e manejo adequado do solo e da água.

Em um primeiro momento, o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, na área de Manejo de Recursos Naturais, Fernando Dornelles Fagundes, acompanhado do engenheiro agrônomo Claudemir Ames e do médico veterinário Guilherme Dahmer, compartilhou informações sobre formação de solos, consequências e resultados do uso inadequado do solo, além de experiências de práticas conservacionistas na região.

Já na etapa à campo, analisaram na prática potencialidades, problemas e sugestões de práticas que podem contribuir para uma produção mais sustentável. Com a abertura de uma trincheira, discutiu-se sobre a profundidade da camada compactada, que dificulta a infiltração de água, situação que afeta o desenvolvimento das plantas e preocupa com a infraestrutura de estradas e perda de insumos e sementes, por exemplo, em épocas de enxurradas.

A importância das análises física e química, com o resgate da forma correta e da credibilidade da amostragem, também ficou evidente, uma vez que Fagundes ressaltou que é preciso atentar-se às peculiaridades de cada lavoura - levando em conta fatores como profundidade da compactação, tipo de solo, formas de manejo, demanda de tráfego de máquinas e animais, cuidados ambientais respeitando inclusive o “tempo da natureza” - para então adaptar práticas conservacionistas.

A preocupação com a cobertura do solo e a profundidade das raízes foi um dos aspectos levantados também pelos produtores, sendo destacado o milho como uma importante alternativa para a rotação de culturas. “Para o sistema ser sustentável são necessárias em torno de 12 toneladas de palhada por hectare ao ano”, comenta Fagundes.

O manejo correto e a conservação do solo também são fundamentais para a economia de dinheiro público, com a melhor conservação das estradas, manutenção da biodiversidade e menor assoreamento de rios e barragens, e também para a economia de dinheiro do produtor, que perde menos insumos com adversidades climáticas como as enxurradas, que levam adubos e sementes, e obtém maior rentabilidade com o aumento da produtividade.
O uso inadequado do solo pode levar à perda de suas funções fundamentais, gerando impacto sobre o armazenamento de água no solo; escoamento superficial; recursos hídricos e população, e ainda, a retomada do processo erosivo.

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